terça-feira, 17 de novembro de 2009

É simples

A Vida é simples. Ela é feita das pequenas decisões entre os atos do dia a dia. O futuro está mais próximo do que muita gente imagina. Ele é o minuto seguinte. É o presente que se transforma e chega trazendo oportunidades.

Oportunidade de mudar o rumo da caminhada. Oportunidade de convidar alguém pra caminhar junto. Oportunidade de ser mais feliz, de ser alguém melhor. Oportunidade de experimentar coisas novas.

São infinitas oportunidades. Basta escolher as suas, elas estão aqui com você, no minuto a seguir, que logo é agora. É simples.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O artista, o coletivo e a solitude

Grande parte do tempo que passei no Rio de Janeiro sentia uma extrema necessidade de estar com outros artistas em torno de projetos। Natural. Fazer parte de um grupo, de um coletivo de pessoas com interesses em comum. Estar na ativa. Estar só sem algum trabalho concreto, ou assumir a dúvida de não saber exatamente o que eu queria enquanto artista ou que espaço ocupar parecia uma abominável condenação.

Em poucas palavras, trabalhei constantemente: teatro escola, teatro empresa, festival de esquetes, teatro físico, participações em TV, testes e testes, teatro dança indiana, nova dramaturgia, curtas, oficinas diversas, etc. Diversidade nos conteúdos, nas relações, múltiplas experimentações. Nau solta à deriva das oportunidades. A vida parecia sempre a mesma. Os mesmos ciclos. Sem pausas. Nunca sozinha. Nem sempre comigo.

Onde estava eu nisso tudo? Para onde estava indo?

Entre erros e acertos chegou o grande dia do nada. Nada por decisão. Por necessidade de resgate. Rompimento com o fluxo. Chamo o período de limbo. Um limbo bom. Não tinha nada, não estava com ninguém. Demorou anos para conseguir a façanha.

Quando o artista se permite estar só, tranqüilo, aberto, ele busca seu ritmo, ele passa a ouvir e sentir o que traz dentro de si. Assim é possível aflorar o que de sincero tem para oferecer ao mundo, saber que parcerias pode estabelecer, descobrir o que do mundo toca a sua essência. Abre-se espaço, dentro e fora de si.

A experiência do agir em coletivo e do se deixar tocar pelos outros e por questões extrínsecas ao seu universo pessoal é rica e proveitosa. Rompe preconceitos. Ensina compaixão. Amplia e modifica a percepção sobre as coisas ao redor. Exercita a entrega, o respeito pelo outro e pelo trabalho, pela igualdade da diversidade e liberdade. Reforça a noção de espaço individual e inclusão social. Afinal, na vida de uma maneira geral, estamos sempre em relação à.

As relações devem ser dotadas de valores, não apenas de objetivos comuns. Na minha opinião, uma dupla ou um coletivo que se preze é formado por indivíduos íntegros e conscientes de seus valores, interesses, potência artística e desejos convergentes.

A arte, como a vida, é relação.

domingo, 5 de julho de 2009

O mais importante é que você se sinta muito à vontade!


Bem vinda e bem vindo à minha casa virtual। Aqui guardo a partir de agora as mais preciosas recordações dos encontros no teatro, das artes visuais e das performances que fiz nesses 8 anos felizes em que vivi no Rio de Janeiro। Disso que é feita essa casa. Também dos encontros e experiências que estão por vir. Porque a vida continua acontecendo a todo instante. Preencho os cômodos sem rigor cronológico. Nesse espaço pessoal, vou arrumando a casa conforme der na telha. Como diria Heidegger, pulamos pelo tempo constantemente, estamos aqui, e simplesmente nos recordamos de algo que aconteceu há anos e anos e vamos para lá, em seguida desejamos realizar um novo projeto e seguimos ao por vir e assim passa o tempo, num constante movimento. --

Zé Rinaldi (meu professor de Filosofia da UNIRIO), essa é minha interpretação, qualquer coisa, fique à vontade pra se intrometer।

Belquer e Belqueridos, acompanhem e tragam bolacha e café, como vocês podem ver já moram na casa, alguns cômodos estão reservados para nossos ensaios e impressões. Amo vocês. Saudades já.

Queridos amigos e amigas de Blumenau, vim. Nossos encontros podem ser ao vivo, com cuca da Dona Hilda e pão da Nice com lingüiça.

As visitas são bem vindas na hora que chegarem, O mais importante para mim, é que você se sinta muito à vontade.